Tiquinho Soares acha que tem as características necessárias para ser visto como um jogador à Porto, pois a sua forma de jogar encaixa naquilo que preconiza para esse epíteto. Admitindo estar «na melhor fase da carreira», o avançado lembra que trabalhou muito para estar onde está e só espera «continuar a ser feliz no FC Porto».

«Desde que cheguei que me ensinaram que neste clube só se baixa a cabeça para beijar o símbolo. Agora, sinto-me um jogador à Porto. Sinto que tenho essas características. Aqui luta-se até ao fim e nunca se desiste. Eu também sou assim», considera, em entrevista à revista «Dragões».

Soares não poupa nos elogios à sua nova equipa: «O FC Porto é uma imensidão. Antes de vir, só de ouvir o nome do FC Porto já tremia todo. Fiquei várias noites sem dormir quando soube da possibilidade de vir para o FC Porto. Queria sentir este prazer de jogar num clube com esta grandeza.»

A estreia, contra o Sporting, dificilmente poderia ter sido melhor. Marcou dois golos e o FC Porto ganhou. Soares revela que ficou «um pouco nervoso» quando soube que ia ser titular, mas quando pisou a relva «o nervosismo desapareceu».

«No primeiro golo nem sabia de havia de comemorar, se corria ou se chorava», confessa.

Agora, Soares acredita no título, mas diz que a equipa tem de «manter os pés no chão». E esse não é o único sonho. Há outros. «Vestir a camisola da seleção brasileira», confessa. «É um sonho que pode virar realidade e vou continuar a trabalhar para isso», acrescenta.

Questionado sobre as semelhanças com antigos jogadores do FC Porto, como Derlei ou Hulk, Soares retorquiu: «São dois jogadores que fizeram história no FC Porto e é natural que possam servir de inspiração, sobretudo o Hulk que é meu conterrâneo. Mas procuro apenas ser o Soares com o meu futebol e escrever a minha própria história.»

Por fim, sobre a dupla com André Silva, o brasileiro acredita que só pode melhorar: «Conversamos muito e isso facilita, melhora o nosso entendimento dentro do campo. Acredito que podemos fazer muitos golos juntos.»