Roger Federer diz tão facilmente que não tem o triunfo em Roland Garros como objectivo principal este ano como assume a superioridade que teve no triunfo desta quinta-feira sobre Victor Hanescu.
«As condições de hoje forma muito diferentes das de terça-feira por causa da chuva. O Victor passou por um mau bocado. Eu não tive muitos erros e ele não sabia o que fazer», afirmou Federer na conferência de imprensa após o jogo.
A mesma frontalidade foi aplicada quando se lhe falou em Roland Garros como objectivo nº 1 desta época: «Não é o meu principal objectivo. Que isso fique claro.» Federer assumiu que os primeiros objectivos para esta época são «ganhar Wimbledo e os Jogos Olímpicos.»
No ano passado, o suíço igualou Bjor Borg com cinco triunfos consecutivos. Este ano, Federer assume inequivocamente que quer ser o recordista absoluto. A medalha de ouro olímpica ainda não faz parte do currículo do nº 1 Mundial e, diferentemente de Roland Garros, só está ao alcance de quatro em quatro anos.
Federer explicou assim que não foi a pensar e Roland Garros que contratou o treinador espanhol José Higueras. «Foi para ser melhor jogador.» As questões que ainda deixam dúvidas são levantadas. Mas a frontalidade com que Federer responde sobre todos os temas dissipa-as.
Por isso, quando se insiste em Roland Garros e se lhe pergunta como é que ainda não venceu o Open francês, o suíço corte cerce: «Por que é que será? Rafael Nadal. Ele ganha todos. É o homem a bater. Se ele não estivesse lá...»