A figura: Hélder Castro

O golo, de belo recorte técnico, permitiu praticamente sentenciar o jogo, ainda na primeira parte, e assentou-lhe bem. Havia dúvidas quanto à sua condição física mas o médio fez questão de dizer presente.

O intratável: Varela

Comandou a defesa com voz de trovão, revelando-se providencial em vários lances em que soube tirar partido do sentido posicional e também do físico. Esteve para sair, devido a lesão, mas cerrou os dentes e continuou em campo. A páginas tantas, parecia ter um imã, tal a forma como atraia as bolas.

A desilusão: Kelvin

O extremo emprestado pelo F.C. Porto começou o jogo no banco e isso nem foi surpresa, sinal de que atravessa uma fase cinzenta. Comprovou-o quando entrou. Sem chama, pouco esclarecido, quase sempre complicativo, o jovem avançado está uma sombra daquilo que mostrou nos primeiros tempos em Portugal.

Outros destaques:

Diogo Rosado

Poderia ter sido a figura do jogo, não só pelo golo, como pela dinâmica que mostrou mas o cartão vermelho devido à entrada a pés juntos sobre João Tomás deitou tudo a perder. Foi pena e pode queixar-se do rigor de Pedro Proença mas as leis são claras nestas situações.

Público da Feira

Como estavam ávidos desta oportunidade as gentes de Santa Maria da Feira. O estádio não encheu mas o frenesim à porta dava ares de jogo importante a este regresso a casa da equipa. Atrás de uma das balizas, onde se concentrou a claque, então, foi vê-los a vibrar o jogo inteiro. O regresso às vitórias do Feirense ficou, sem dúvida, intimamente ligado ao apoio das bancadas.