Poucas vezes alguém concentra em si tanto protagonismo de um jogo como Felipe neste Feirense-FC porto. Desde logo pelo regresso à equipa, para quem estava de fora desde o início de dezembro, quando foi expulso frente ao Mónaco para a Liga dos Campeões, e tinha participado desde então apenas num dos cinco jogos dos «dragões», a partida com o Rio Ave para a Taça da Liga. Não era castigo, repetiram treinador e jogador, era oportunidade de descanso. Felipe recuperou então na Feira a titularidade na Liga, onde não jogava desde o Clássico com o Benfica, a 1 de dezembro. E não começou bem.

O central portista deixou-se antecipar no lance do golo do empate do Feirense, pouco depois de Aboubakar ter adiantado os «dragões». Mas redimiu-se, e como. Faltava um quarto de hora para o final, o jogo estava muito difícil para o FC Porto e aquele salto de Felipe valeu ouro. De um canto batido por Alex Telles saiu o central, um movimento notável de elevação e uma cabeçada exemplar para o 2-1.

 

Foi o segundo golo de Felipe na Liga, o terceiro da época depois de ter marcado também na Champions no empate com o Besiktas. Já atingiu por esta altura tantos quantos marcou em toda a época passada.

Mas não ficou por aqui a história de Felipe na Feira, faltava o final com drama. O central já tinha um cartão amarelo e aos 85 minutos viu o segundo, depois de um pé à altura da cabeça de Edson Farias num lance dividido com o jogador do Feirense.

Foi a segunda expulsão da época para Felipe, a primeira para a Liga desde que chegou ao FC Porto, ele que na época passada não tinha visto nenhum vermelho em 45 jogos de dragão ao peito.