Fernando Santos, que trabalho nesta seleção grega!

O campeão da Europa em 2004 é a primeira surpresa deste Euro-2004. Não exatamente por ter passado num grupo onde também estavam russos, checos e polacos. É-o sobretudo por ter conseguido apurar-se de uma forma heróica, numa «final» com a seleção até ali mais forte, a Rússia.

O conjunto de jogadores que Fernando Santos trabalha agora nada tem a ver com a Grécia que foi campeã em Lisboa, o que sublinha o feito do treinador português.

Numa época atribulada, com jogadores em fase final de carreira e outros de qualidade apenas média, Fernando Santos teve o enorme mérito de conseguir injetar moral na equipa. E fé, fazê-los acreditar que sim.

Nos dois primeiros jogos a Grécia bateu-se sempre contra diversas contrariedades. Empatou uma vez, perdeu outra. Mas lutou sempre. Este sábado, perante os russos, não vi ali grande organização, muito menos qualidade de jogo inesquecível. Mas esteve naquele relvado toda a alma que tem tornado, nos últimos anos, esta seleção um advesário temível, incómodo, que ninguém recebe de braços abertos.

E isso não se alterou. Mérito, também, de Fernando Santos.