O presidente da FIFA, Joseph Blatter, levantou a suspensão de dez anos do antigo presidente da federação da Somália, Farah Addo. O suíço tomou a decisão de forma pessoal, depois de ter uma conversa com o próprio Addo, no Campeonato Africano das Nações, que decorreu entre Janeiro e Fevereiro, no Gana.
Em 2004, aquele dirigente foi multado e suspenso em dez anos do futebol, depois de ter sido condenado por corrupção e por ter retirado, em benefício próprio, milhares de dólares pertencentes à federação somali.
Numa carta, Blatter explicou por que aceitou o pedido de clemência de Addo, na altura presidente do Comité Olímpico do seu país e antigo presidente da Confederação Africana de Futebol.
«Durante a nossa breve reunião, pediu-me, na minha capacidade de presidente da FIFA, por um perdão na situação infeliz que levou à sua suspensão de todas as actividades relacionadas com futebol por dez anos, como decidiu o Comité Disciplinar da FIFA a 20 de Julho de 2004», escreveu Blatter, transcrito pela BBC.
«Com isto em mente, tenho o prazer de o informar que a sua suspensão foi levantada por decisão presidencial, com efeito imediato», concluiu o dirigente suíço que, curiosamente, esteve na origem da primeira suspensão de Addo.
Em 2002, o somali afirmou que delegados africanos tinham sido corrompidos para apoiar Blatter, o que o afastou do futebol durante dois anos. Voltou em 2004 e foi suspenso de novo e multado, naquela altura, em 40 mil dólares.