Um relatório do corpo médico da FIFA demonstra que durante os dois últimos campeonatos do Mundo os jogadores consumiram, em média, dois medicamentos legais antes de cada jogo. Jiri Dvorak, responsável médico da FIFA, não considera que estes medicamentos tenham qualquer efeito dopante na performance dos atletas, mas mostra alguma preocupação.
Entre as substâncias encntradas, as mais comuns foram analgésicos, relexantes musculares e suplementos alimentares. No relatório final, Dvorak levantou algumas dúvidas relativas ao uso de tantos medicamentos «por adultos saudáveis». «O que mais me preocupa é o facto de haver um excesso de prescrições, por parte dos médicos da equipa, a adultos saudáveis», afirma o responsável clínico, na conclusão de um relatório citado no site da Yahoo.
Para Dvorak, é «pura especulação que os medicamentos utilizados sejam dopantes», uma vez que «não existe nenhuma prova científica», que o demonstre. No entanto, levaram-se algumas vozes críticas, que acreditam que as substâncias em causa podem ter o efeito de melhor as capacidades dos jogadores. O doutor Gerard Varlotta, médico de alta competição no New York's Rusk Institute of Rehabilitation Medicine, acredita que «é possível que os atletas consigam um melhor desempenho, graças a estes medicamentos».
O estudo também revelou que alguns futebolistas chegaram a consumir cocktails com cerca de dez substâncias. Os médicos que conduziram o estudo monitoraram todos os medicamentos e suplementos ingeridos nas 72 horas que antecederam cada jogo. No final, registaram 10384 substâncias.