O fim do fora de jogo no futebol, ideia defendida por Marco Van Basten, não mereceu a aprovação do vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Humberto Coelho.

«O futebol precisa de ser mais compacto, da arte de jogar. Os espaços são mais reduzidos e a técnica tem que ser mais apurada. Essa medida seria um pouco pontapé para a frente e eu gosto mais de espetáculo», defendeu o vice-presidente da FPF, à margem de um evento.

Na quarta-feira, Marco van Basten, atual diretor-técnico da FIFA, defendeu uma revolução nas leis de jogo.

Humberto Coelho disse não conhecer as propostas de Van Basten, mas considerou que no que ao fora de jogo diz respeito o futebol só poderia ficar a perder. «Perdia espetáculo, com um atacante junto a uma baliza e outro na outra, é preciso pensar melhor», sugeriu.

Para Humberto Coelho, o caminho passa pela modernização do futebol, com medidas que melhorem o espetáculo e que contribuam para a transparência do jogo.

Humberto Coelho aproveitou ainda para esclarecer a posição da Federação relativamente à intenção da FIFA aumentar em 2026, de 32 para 48, o número de seleções presentes na fase final do Mundial. «A FPF já fez um comunicado, estamos de acordo, vamos ver agora. Há muitos anos para testar, para ver a evolução da situação, estou de acordo, como está a própria Federação”, afirmou.