Médio centro/Líbero
Nascido em 11/9/45
Jogou entre 1964 e 1982
TRÊS RAZÕES PARA VOTAR
1. Foi talvez o primeiro jogador (Cruijff surgiu pouco depois) a privilegiar a inteligência e a leitura de jogo sobre tudo o resto. Começou a carreira a meio-campo antes de reinventar o conceito de líbero, com um temperamento ofensivo que, na altura, era totalmente inovador.
2. Currículo: um titulo mundial e um europeu, três Taças dos Campeões, quatro campeonatos da Alemanha, uma Taça Intercontinental, três nomeações consecutivas para o onze ideal dos Mundiais de 1966, 70 e 74. Somou 103 internacionalizações, marcando 14 golos. Ah, e três campeonatos dos Estados Unidos, para os trocos.
3. Dignificou a palavra «defesa», tornando-a, talvez pela primeira vez na história, apetecível para os jovens candidatos a futebolista. Fixou-se como a referênca suprema para todos os que jogam do meio-campo para trás, sendo a resposta adequada aos defensores do primitivismo do catenaccio.
E TRÊS RAZÕES PARA NÃO VOTAR
1. Como sucede com todos os grandes percurssores (Marx, Jesus Cristo, Freud, Marlon Brando, os Beatles, a Coca-Cola) criou uma escola de seguidores/imitadores para os quais, decididamente, não há paciência. Como se jogar de cabeça levantada fosse suficiente...
2. Culto, rico, inteligente, elegante, com imenso fair-play. Demasiado perfeito para ser real. Ainda vai acabar como presidente da FIFA.
3. Dignificou a palavra «defesa», é verdade. Mas para todos os efeitos está do lado errado da História: passou a carreira a evitar aquilo que os adeptos mais apreciam, os golos.