A primeira fila dos desfiles de moda Primavera/Verão 2009 em Paris, esta semana, mostrava poucos sinais de uma economia mundial a viver uma grave crise.
O evento de três dias exibiu os trabalhos dos estilistas da alta-costura, ou roupas personalizadas, para centenas de clientes de luxo, compradores e imprensa que ainda estão ávidos para desencantar peças únicas e exclusivas.
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Enquanto alguns estilistas optaram por não participar no espectáculo ¿ esta temporada só se realizaram 20 desfiles na passerelle, um número que fica abaixo dos 23 da última temporada ¿ grandes nomes como Chanel, Dior e Givenchy estiveram presentes, apresentando vestidos com formas arquitecturais arrojadas, enormes chapéus de penas e folhos exagerados, numa panóplia de cores berrantes.
É nestes eventos que os estilistas recebem a maioria das suas encomendas para a temporada. Mesmo tendo em conta o desmoronar dos mercados bolsistas, parece que os multimilionários continuam a gastar como se estivessem perante algo de novo e fantástico.
O número de pessoas presentes manteve-se constante face às anteriores temporadas, sendo que o interesse recaiu mais sobre as peças do tipo relíquia em detrimento de peças da moda, refere Heidi Dillon, fundadora e CEO da The Fashionistas, uma organização sem fins lucrativos que celebra a arte da moda.
«A alta-costura é a arte maior. As pessoas ainda continuam a sair e a ir ver os shows».
Cerca de 400 compradores, clientes e jornalistas dos EUA, Europa, Rússia e Extremo Oriente, incluindo a
socialite Suzanne Saperstein, estiveram presentes no desfile do estilista Alexis Mabille e encomendaram algumas das peças de alta-costura, afirma Gregoire Marot, porta-voz da empresa.
Este tipo de gastos é evidente noutros locais do mundo. O fabricante de roupas italiano Brioni lançou uma linha de fatos para homem este Outono, a Vanquish II, à venda por 43.000 $. Fabricados a partir das mais finas fibras - Vicuna, Pasmina e Qiviuk ¿ só existem cerca de 100 fatos destes no mundo, em 14 estilos diferentes.
Na boutique de óculos-de-sol Ilori, em Beverly Hills, no início deste mês, um casal de ucranianos gastou 5.000 $ nuns óculos de edição limitada Tom Ford, Chanel e Oliver Peoples, enquanto um príncipe saudita comprou 33 pares de óculos pelo valor de 13.000 $ na boutique da Ilorri, na baixa de Nova Iorque.
E, numa recente exposição de Ernst Benz trunk, em St. Thomas, o fabricante de relógios vendeu o seu relógio sem diamantes mais caro de sempre por 26.500 $. Este exemplar contém 120 gramas de ouro de 18 quilates e exibe um largo mostrador com 47 milímetros.
Forbes
10 mar 2009, 16:25
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