O internacional francês Lilian Thuram convidou 80 imigrantes para assistirem, em Paris, ao jogo França-Itália desta quarta-feira, a contar para a qualificação do Euro 2008. O convite surge numa altura de profundo debate em França sobre a imigração.
«É óptimo que Thuram nos leve a ver o jogo desta noite», disse Fidele Nitiema, um de 200 imigrantes que ocupam um ginásio depois de terem sido expulsos de um subúrbio de Paris, há três semanas, citado pela Reuters. «A selecção francesa de futebol reflecte a França. Somos todos iguais, não há problemas com a cor da pele que temos», acrescentou.
Durante o Mundial da Alemanha 2006, muitos imigrantes manifestaram um sentimento de frustração por o país elogiar o facto da equipa ser multi-étnica em campo, mas tratar os imigrantes como cidadãos de segunda no dia-a-dia. Na selecção finalista do Mundial, estrelas como Zidane, Thuram, Henry, Vieira e Makelele são descendentes de imigrantes.
Thuram, que criticou a política restritiva do ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, foi já criticado por Philippe de Villiers, membro do MPF, de extrema-direita, o qual defende que «os futebolistas são para jogar futebol», recusando qualquer tipo de ingerência destes em assuntos políticos.
