[artigo atualizado às 21h12]

«Gestão completamente irresponsável.»

É assim que Francisco Salgado Zenha, administrador da SAD do Sporting com o pelouro financeiro classifica a gerência da direção de Bruno de Carvalho em 2018.

Na conferência de imprensa da atual direção leonina desta sexta-feira, Salgado Zenha revelou que o clube leonino ficou com metade do plantel de 2018 por pagar.

«Herdámos uma dívida de fornecedores até ao final deste ano [2019] de mais de 40 milhões de euros. A maior parte é com clubes e agentes. Herdámos o pagamento de metade do plantel profissional do Sporting. Tivemos que pagar este ano metade do plantel do Sporting», começou por revelar.

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«O que posso dizer é que a gestão feita em 2018 [por Bruno de Carvalho] foi irresponsável. Para se ter uma dimensão, em janeiro de 2018 o Sporting estava a antecipar uma receita futura para comprar um jogador, para depois não ter dinheiro para os salários e ter de recorrer à conta reserva», acrescentou.

Depois, Salgado Zenha revelou o nome de alguns dos jogadores que faltavam pagar: «Misic, Ristovski, Acuña, Coentrão, Battaglia, Piccini, Mattheus Oliviera, Lumor… só para enumerar alguns. Nada disto estava pago.»

«Foi feito um all-in para se ser campeão, mas o Sporting não é um jogo de poker», atirou.

Bruno de Carvalho foi confrontado com a conferência de imprensa do Conselho Diretivo do Sporting durante a apresentação portuense do seu livro, e garantiu ter deixado «uma situação financeira privilegiada».

«Estas pessoas que estão no Sporting não têm a mínima capacidade para gerir o Sporting. Vir dizer mal das direções anteriores é das coisas mais reles que eu já vi quando lhes foi entregue um prato de ouro que eles hoje querem dizer que foi um prato de latão. Estou cansado de ouvir ameaças e populismos que ainda vão fazendo. Não admito ameaças de uma auditoria forense», acrescentou, citado pela agência Lusa.