O selecionador nacional de futebol feminino vê a Algarve Cup como uma oportunidade para avaliar a evolução da equipa das quinas, ao mesmo tempo que dá mais um passo nesse processo de crescimento.

«Só jogando contra as melhores é que seremos melhores. Achamos que ao jogarmos com as melhores, podemos evoluir mais e ser cada vez melhores. Sabemos também dos riscos que existem, mas achamos que, para podermos desenvolver e potenciar as nossas jogadoras, temos que estar neste patamar», disse Francisco Neto à agência Lusa.

O selecionador considera que Portugal tem reduzido a diferença para as equipas mais fortes, mas assume também que este é «um caminho muito duro e longo», com alguns «percalços pelo meio».

«Faz parte do crescimento. Não estamos no patamar que queremos e sabemos que temos de evoluir. Portugal está no caminho e a Algarve Cup também serve como momento de avaliação, para termos consciência em que ponto nos encontramos», acrescentou Francisco Neto, destacando também a exigência física da prova, com quatro jogos em menos de uma semana, quando algumas jogadoras até só treinam três vezes por semana. 

A Algarve Cup vai disputar-se de 2 a 9 de março, e terá um vencedor inédito, dada a ausência da seleção campeã, a dos Estados Unidos, tal como Alemanha, Suécia, China e Noruega. 

A grande favorita à vitória na prova é a seleção do Brasil, que já esteve em cinco finais (perdeu todas), e que será liderada por Marta, considerada a melhor jogadora do mundo cinco vezes.

A equipa «canarinha» está no Grupo B, tal como Portugal, que a abrir (2 de março) defronta a Rússia. O adversário do Brasil será a Nova Zelândia.

Canadá, Dinamarca, Islândia e Bélgica integram o Grupo A.