Francisco Neto, selecionador feminino, definiu como objetivo para Portugal na primeira edição da Liga das Nações a manutenção na Liga A, no dia em que ficou a saber que terá a França, Noruega e Áustria como adversários na fase de grupos da competição.

«Acima de tudo, muito orgulhosos por iniciar esta primeira edição logo na primeira divisão, no Grupo A», disse o selecionador em declarações ao Canal 11. «É algo para o qual temos vindo a trabalhar há muito tempo. É sinal também do bom trabalho que se tem feito em Portugal a todos os níveis», acrescentou.

Para Francisco Neto, Portugal tem de aproveitar esta oportunidade para se afirmar  num ano em que também vai disputar, pela primeira vez, um Mundial. «Vamos competir com os melhores, para nos tornarmos melhores, num grupo muito equilibrado, aberto. Nós, acima de tudo, vamos tentar ser competitivos, somar pontos, com o primeiro grande objetivo da manutenção».

O selecionador lembra que as equipas que estavam no pote 1 e 2, casos de França e Noruega, são de uma «dimensão incrível, com historial, equipas que lutam por títulos, com jogadoras a disputarem grandes competições, em grandes clubes».

«Temos de ser competitivos, saber que vamos ter muitas dificuldades em todos os jogos, mas também que este é o caminho para podermos crescer. Serão seis jogos contra equipas acima de nós no ranking, seis jogos muito difíceis, com margem de erro muito reduzida, mas vamos tentar chegar às últimas jornadas a depender de nós para conseguirmos os nossos objetivos», explicou.

Francisco Neto lembrou também que os resultados nesta competição vão ter «muita interferência» no que poderá ser o sorteio para o Europeu de 2025 e não se mostrou preocupado com a densidade competitiva, com as seis rondas a decorrerem entre 20 de setembro e 5 de dezembro, em três jornadas duplas.

«Temos de nos ajustar e ter o máximo de jogadoras, de forma a poderemos rodar de um jogo para o outro, com temos feito. Temos de ter uma capacidade de resposta ao mais alto nível, com o maior número de jogadores possível», frisou.

Antes da Liga das Nações, Portugal vai estar presente no Mundial2023, na Austrália e Nova Zelândia, onde defrontará na fase de grupos os Estados Unidos, Países Baixos e Vietname, algo que também poderá ser benéfico, nomeadamente em relação à Áustria.

«É uma vantagem competitiva estar presente na fase final, pois a história diz-nos que conseguimos subir um degrau. São jogos de grandes dificuldades e as jogadoras crescem todas. Se jogarmos em setembro com a Áustria, isso poderá ser uma vantagem, mas temos de aguardar o calendário», finalizou.