A Grã-Bretanha poderá dividir-se, futebolisticamente, para os Jogos Olímpicos de Londres-2012. O ministro dos desportos britânico, Gerry Sutcliffe, adiantou que a equipa de futebol a participar na competição deverá ser composta apenas por atletas ingleses, já que as associações de futebol da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte se opõem à ideia de um plantel conjunto, lê-se na Agência Lusa.
As três associações receiam que a FIFA olhe para o exemplo dos Jogos e lhes retire a independência e os direitos de voto que possuem no organismo. Craig Brown, ex-treinador da selecção da Escócia, lançou inclusive uma petição a pedir a «separação».
Sutcliffe, por sua vez, sossegou os britânicos ao comunicar que a FIFA assegurou, por escrito, que em termos olímpicos esta união não ameaçaria os interesses individuais de cada associação, mas não deu as mesmas garantias a longo prazo. O ministro advertiu, durante um debate no parlamento, que «sempre existiu, e continuará a existir, uma ameaça a este individualismo, tendo em conta a forma como a FIFA está a evoluir. Se não chegarmos a um consenso, a equipa de futebol só com jogadores ingleses será uma realidade.»
Para Pete Wishart, do Partido Nacional Escocês, o torneio olímpico é «insignificante», pelo que «não deveríamos fazer nada que prejudicasse o nosso estatuto independente no futebol. Não podemos construir bases para que haja um precedente que possa ser utilizado contra nós no futuro.»
Por seu turno, Gordon Brown, primeiro-ministro britânico e escocês de nacionalidade, diz que a equipa conjunta é uma ideia bastante aceitável e acrescenta Alex Ferguson como o treinador ideal. O técnico do Manchester United é que não concorda com a sugestão, tendo já recusado assumir a liderança da Grã-Bretanha para Londres-2012.