As gasolineiras facturaram (através de pagamentos realizados com cartões de crédito e multibanco) cerca de um milhão de euros por hora no pior dia do bloqueio dos camionistas, quando já muitas bombas estavam secas, diz o «Correio da Manhã».

Só no dia 11 de Junho foram mais de 20 milhões de euros, o triplo do registado nos meses anteriores.

A verdade é que o medo de ficar com o depósito vazio e com o automóvel parado levou milhares de portugueses às bombas de gasolina. A corrida aos postos de abastecimento começou no primeiro dia de greve, a 9 de Junho, e foi-se intensificando à medida que se multiplicavam os encerramentos dos postos por falta de combustível.

Entre os dias 9 e 11 de Junho os portugueses pagaram através dos terminais de pagamento automático 37 milhões de euros, segundo dados da SociedadeInterbancária de Serviços (SIBS). O pico de abastecimento registou-se a 11 de Junho, dia em que os camionistas negociavam com o Governo um pacote de medidas que poderia terminar com o bloqueio.

O valor do abastecimento também aumentou face ao registado em meses anteriores: no dia 11, a média de compras foi de 43 euros, contra os 31 euros dos últimos três meses.