No auge do seu critério goleador, Mário Jardel trouxe George para a cidade do Porto. Naturalmente, nestas situações o mais fácil e óbvio é torcer o nariz ao novato e acusá-lo de favorecimento fraternal.
George Jardel tem consciência de que as coisas são mesmo assim e reconhece-o ao Maisfutebol. «Quem me conhece sabe aquilo que eu valho e que posso jogar. Quem não me conhece pensa que só vim para Portugal por ser irmão do Jardel».

A pressão instalou-se na sua carreira e tem-no acompanhado até hoje. Em todos os clubes que jogou, George sentiu que teria que fazer sempre mais do que aquilo que podia e sabia.
«Sempre vivi com essa pressão. Desde o primeiro dia em que cheguei a Portugal até hoje. As pessoas querem sempre mais golos e boas exibições, mas eu não sou nem nunca fui o Super-Mário», atira, conformado.
«Há um lado positivo e um lado negativo nessa pressão. Mas eu nunca me chateei com isso e sempre tentei entender as pessoas, tanto os dirigentes, como os treinadores e os adeptos».
Júnior, o mais recente herdeiro dos golos de Mário
George sempre teve o sonho de fazer dupla com Mário. Nunca o conseguiu oficialmente, mas certa tarde, em Monção, os irmão Ribeiro jogaram lado a lado, «num campo pelado» e foi o mais jovem a dar nas vistas.
«Por acaso ele não fez qualquer golo e eu fiz (risos). Foi a única vez que tive o prazer de actuar com o Mário. De resto, só nos treinos, no período em que trabalhei com os seniores do F.C. Porto».
Mas não se pense que o jeito da família Ribeiro para o futebol se esgota em George e Mário. No Brasil, com 24 anos, começa a dar nas vistas Júnior Jardel. Apresentado em primeira-mão pelo agora jogador do Macedo de Cavaleiros.
«Ele chama-se Júnior, tem 24 anos e é ponta-de-lança. Não é tão bom como o Mário, mas isso é quase impossível. O Mário era único. Mas o Júnior é muito forte, mede 1,87m e já representou o Palmeiras, o Itapajé e o Ferroviário, clube onde começou a jogar o Mário Jardel».