Ao marcar três dos oito golos com que a Alemanha venceu neste sábado a Arábia Saudita, Miroslav Klose transformou-se na figura do jogo, mas também no líder da tabela dos marcadores e no primeiro jogador a conseguir fazer um hat-trick no Campeonato do Mundo de 2002. E esteve perto de jogar pela Polónia, adversária de Portugal no grupo D.

O avançado do Kaiserslautern subiu, na época de 1999/2000, à equipa principal do conjunto alemão às mãos do técnico Otto Rehhagel, depois de ter apontado 16 golos na equipa amadora. A estreia na Bundesliga valeu-lhe, desde logo, rasgados elogios por parte da imprensa germânica, que não hesitou em compará-lo a Bierhoff, pelo seu poder físico e pela precisão quando é chamado a cabecear em alturas-chave, e a Klinsman, pelos remates poderosos que faz com os dois pés.

Ao serviço da selecção alemã, Klose, de 23 anos, foi uma aposta de Rudi Voller. Seis meses depois de se estrear na Bundesliga, o técnico nacional chamou-o para o jogo amigável com a França. O avançado viu o jogo do banco, mas estreou-se pouco depois, na partida de qualificação para o Mundial, frente à Albânia, apontando o segundo tento (2-1), que valeu a liderança do grupo à Alemanha.

Depois disso, Klose, que já era estrela entre os adeptos do Kaiserslautern, tornou-se numa espécie de herói de uma Alemanha à procura de novos talentos, um estatuto que o hat-trick marcado no jogo amigável com Israel (7-0) confirmou.

Os atributos de Klose também não passaram despercebidos ao futebol polaco. Filho de polacos, Klose tem dupla nacionalionalidade e o seleccionador Jerzy Engel quis que ele fizesse parte da sua selecção, mas o avançado preferiu manter-se ao serviço do conjunto germânico, até porque, como argumentou, no que diz respeito ao futebol, tem um jeito muito alemão de jogar. Não fosse isso e Portugal teria muito provavelmente de se ver com ele, já que a Polónia é adversária da selecção das quinas no grupo D do Mundial.