O presidente do Sporting confirmou em conferência de imprensa que Rui Patrício rescindiu contrato com o clube de Alvalade. Bruno de Carvalho diz esperar que o jogador ainda reflicta, mas afirma que perante a confirmação da rescisão o Sporting «vai acionar tudo o que tem ao seu dispor de meios legais».

«Existem sete dias pela lei para que um jogador reflicta sobre esta situação, espero que o Rui reflicta bem, porque alguém lhe está a contar uma historia mal contada», afirmou o dirigente: «Espero que o Rui tenha a possibilidade de sair do Sporting doutra forma, pela porta grande, como merece», disse. Depois, quando questionado sobre o que fará o Sporting se o jogador não mudar de ideias, Bruno de Carvalho diz então que os leões irão «acionar tudo o que têm ao seu dispor de meios legais».

Bruno de Carvalho ligou o pedido de rescisão ao processo de negociação com o Wolverhampton e à intermediação de Jorge Mendes. «Dos 18 milhões ele queria mais sete», disse. Em causa estão, segundo afirma, verbas reclamadas pela Gestifute referentes a contratos de Rui Patrício e também Adrien: «Disseram-nos: 'para fazer esse negócio ou nos dão 3,150 milhões relativos ao Rui Patrício e mais 4 milhões relativos ao Adrien ou não há negócio'. E não há negócio.»

«Quando fizemos as renovações do Adrien e do Rui terminámos os contratos antigos e fizemos novos. Nos contratos antigos, realizados pelo Godinho Lopes, quer o jogador quer Jorge Mendes tinham percentagem dos passes. Com os novos contratos resolvemos com os jogadores as questões das percentagens deles e ficariam anuladas as percentagens da empresa Gestifute. É a nossa opinião jurídica», afirmou ainda.

O dirigente disse também que tanto Rui Patrício como William já deviam ter deixado o clube: «Quer o Rui quer o William já era nossa intenção. Falo do William porque não tem nada a ver com rescisão nenhuma, o que nos chegou foi do Rui, mas porque são dois jogadores que nós pessoalmente achávamos que já deviam ter saído. Que já lhes devia ter sido dada essa oportunidade desde a época passada. Porque era a sua vontade e porque temos de chegar ao ponto de equilíbrio que se ultrapassou. Por uma vontade de vencer, porque se calhar não houve os contactos suficientes entre jogadores e administração.»

De resto, Bruno de Carvalho comenta assim a eventualidade de vir a haver mais rescisões: «Acho que tudo pode acontecer, achamos que ninguém tem razão para nenhuma rescisão. Esperamos que os jogadores respirem fundo, muito fundo, porque as coisas são extremamente complicadas, um processo destes é extremamente doloroso para um atleta.»

Artigo atualizado