O Marítimo conseguiu vencer (2-1) o Alverca num jogo emotivo mas nem sempre bem jogado. Os locais conseguiram chegar aos 2-0 numa altura em que o Alverca tinha criado as melhores situações de golo. A expulsão de Porfírio complicou a vida aos homens de Nelo Vingada que terminaram com o credo na boca. O Alverca pode queixar-se de algum azar, pois sofreu o segundo golo, num lance infeliz de Ramires. 

Durante os primeiros 14 minutos da partida, foi sempre o Marítimo que teve o domínio do jogo, atacando mais e rematando mais. No entanto, os jogadores madeirenses não acertaram com perigo na baliza ribatejana e Paulo Santos estava a ter uma noite descansada. Apesar de atacar mais, os pupilos de Nelo Vingada denunciavam muito os seus movimentos ofensivos que normalmente era executados com lentidão. 

O Alverca despertou então e, num espaço de um minuto, criou as duas melhores situações de golo da partida. Primeiro por Cajú que surgiu com perigo na área e colocou à prova Gilmar. No minuto seguinte, Paviot em excelente trabalho individual (passou por dois defensores verde-rubros), atirou forte, mas ao poste da baliza de Gilmar. O Alverca fez tremer o «caldeirão»... 

Até ao minuto 43, a «história» do jogo não se alterou. O Marítimo não encontrava espaços para entrar na área do Alverca, enquanto os visitantes esperavam por uma boa oportunidade para, em contra-ataque, surpreender Gilmar. Quando já todos pensavam no intervalo, Mariano conseguiu colocar a bola no centro da área ribatejana, onde o «gigante» Quim levou a melhor sobre os centrais e bateu o até então pouco solicitado Paulo Santos. Foi o «balde de água fria» para os homens de Alverca.  

Ramires «azarento» 

Jesualdo Ferreira aposta em Ramires no recomeço da partida, para o lugar de Gabriel, enquanto Nelo Vingada retirava o lesionado Bruno, fazendo entrar Dani Diaz. Só que Ramires teve um daqueles dias em que não devia sair à rua. Aos 55 minutos, depois de uma boa descida de Bakero, que cruzou para o lado esquerdo do ataque, onde surgiu Mariano a rematar contra Ramires que introduziu a bola na baliza. Para quem queria mudar o rumo dos acontecimentos, Jesualdo Ferreira não foi feliz...  

Quando parecia que o Marítimo tinha a vitória assegurada, após três jornadas sem vencer, Porfírio, por entrada dura sobre Mantorras, recebeu ordem de expulsão de Jorge Coroado. Reduzidos a dez jogadores, os locais recuaram e Ramires redimiu-se ao efectuar um cruzamento precioso para a cabeça de Mantorras (pois claro!) que colocou o marcador em 2-1. A incerteza do vencedor voltava aos Barreiros. 

O Alverca, como lhe competia, tentava chegar à igualdade nos poucos minutos que faltavam e abriu mais espaços para o contra-ataque do Marítimo. O recém entrado Musa Shannon, numa boa situação, não rematou e tentou oferecer o golo a Quim. Este não acertou com a baliza. Faltavam então quatro minutos para terminar a partida.

Até ao final, os verde-rubros foram defendendo como podiam a preciosa vantagem conquistada. Nm lance confuso dentro da área dos madeirenses, Mantorras falhou o remate e caiu. Foi a última oportunidade. O Marítimo conseguiu regressar às vitórias, num jogo em que acabou com o credo na boca, pois, uma vez mais, terminou a jogar com dez jogadores.