O leão tentava lamber as feridas do dérbi, com o Benfica já a oito pontos e o FC Porto já adiantado também porque antecipou encontro da jornada 15. A Alvalade chegou uma equipa entre treinadores com a saída de José Peseiro e a entrada de Jorge Simão. Numa daquelas coisas do futebol, Abel orientou o Sp. Braga, Wilson Eduardo abateu o leão. Duas figuras que passaram pelo clube verde e branco e que neste domingo saíram por uma porta bem maior do que antes. A ronda terminou no Dragão, onde houve emoção a rodos até ao fim.

O Sporting ficou a oito pontos do líder, a sete do FC Porto (mais um jogo) e ainda no quarto lugar. Ninguém está arredado do título em dezembro, mas a recuperação leonina terá de ser enorme na segunda metade da época.

Quanto aos bracarenses, encaram um futuro incerto, pois Abel Ferreira partiu tão rápido quanto chegou. Ainda assim, o suficiente para deixar marca em Alvalade e na Liga.

O Benfica não entusiasmou no Estoril, mas venceu. Objetivo alcançado, graças a uma grande penalidade de Raul Jimenez. O mexicano dos 22 milhões de euros está, no momento, a ser uma das figuras dos encarnados com golos em partidas sucessivas. Enquanto os da linha estrearam Pedro Gomez Carmona no banco, o único treinador estrangeiro no campeonato, a notícia do regresso de Jonas foi tão boa para os encarnados como a dos três pontos. Em cerca de dez minutos, o brasileiro mostrou o que toda a gente sabe: é um jogador bem acima da média.

Quem não desiste de andar lá em cima é a equipa de Pedro Martins. Num confronto entre Vitórias, a alma dos vimaranenses serviu para resgatar um triunfo que esteve em perigo quando Edinho o empatou aos 71 minutos para os de Setúbal. Raphinha e Hernâni deram o 3-1 e, mais uma vez, uma equipa de Pedro Martins anda nos lugares de cima do campeonato.

Em Vila do Conde vive a equipa mais em forma da Liga. O Rio Ave somou o quarto triunfo consecutivo e subiu ao sexto posto. Luís Castro revolucionou o futebol da equipa, que desta vez bateu um Nacional que estranhamente não larga os lugares de baixo, ainda que conte com um dos treinadores mais experientes da prova.

Mais abaixo que os madeirenses da Choupana está o Tondela. A equipa de Petit teve o triunfo na mão, mas deixou-o fugir frente ao Boavista. Um golo tardio de Anderson Carvalho proibiu os beirões de saírem do último lugar.

Quem confirmou a recuperação, mais ou menos esperada, diga-se, foi o Arouca. Um hat-trick de Jorge Íntima sustentou o triunfo arouquense em Moreira de Cónegos, onde a troca de Pepa por Inácio não trouxe para já melhorias significativas na pontuação.

A jornada começou, porém, na Mata Real. Ali, o Paços de Ferreira de Vasco Seabra bateu o Belenenses e congestionou ainda mais o meio da tabela.

Por fim, as duas equipas que anteciparam jogos da 15ª. O Marítimo deu um pulo até ao sétimo posto. Daniel Ramos continua a trazer para próxima da zona europeia a formação madeirense, enquanto o Feirense soma o nono jogo da Liga sem vencer e o quinto seguido a perder.

Grandes emoções ficaram reservadas para o fim. O FC Porto recebeu o Desp. Chaves, que o tinha eliminado da Taça de Portugal e que chegava à Invicta sem Jorge Simão no banco, pois vai para Braga. Um desvio deu vantagem aos flavienses, mas aquele FC Porto apático que esteve tantos minutos sem marcar ficou para trás. Um segundo tempo avassalador resgatou os três pontos e, assim, os azuis e brancos terminam a jornada 14 a um ponto do Benfica. Têm, como é sabido, mais um jogo, efeito que se poderia ter esfumado, não fosse o pontapé de Danilo.