Cerca de 40 por cento dos trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) aderiram à greve que teve início à meia-noite de hoje, noticia a Lusa.

Segundo Jorge Costa, do Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM), a adesão ronda os 40 por cento, percentagem que se justifica pelo facto dos três sindicatos que emitiram o pré-aviso de greve terem dado indicações aos trabalhadores para apenas paralisarem nas últimas duas horas do seu turno de trabalho.

Manuel Alves, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN), confirmou os números de adesão, admitindo, contudo, que a adesão será maior a partir das 17 horas.



«A greve será mais sentida a partir das 17 horas», disse o sindicalista, acrescentando que é a partir do meio da tarde que «um maior número de turnos acabará».

Esta greve dos trabalhadores da STCP começou à meia-noite e termina às duas da manhã de quinta-feira.

As fontes sindicais afirmaram que em causa está o falhanço das negociações do Acordo de Empresa com três sindicatos do sector: STRUN, Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) e SNM.

Manuel Alves afirmou que o Conselho de Administração da STCP «ataca direitos dos trabalhadores», designadamente através da imposição das férias, sem acordo dos trabalhadores.

«A administração pretende assegurar poucos direitos aos trabalhadores no activo, mas recusa-se a estendê-los a todos os que entrarem de novo na empresa», disse, considerando esta situação «inaceitável».

Durante a paralisação, os passes mensais da STCP podem ser utilizados gratuitamente nas respectivas áreas de validade nas linhas do Metro do Porto e nos comboios da CP que circulam nos eixos Valongo/Campanha/S. Bento, Travagem/Campanha/S. Bento e Francelos/Campanha/S. Bento.