O Benfica inaugura a sua nova casa neste sábado, 25 de Outubro. O Estádio da Luz, com capacidade para 65.400 pessoas, vai receber o Nacional de Montevideu e fazer a festa, dois anos e 24 dias depois de ter iniciado as obras.
Depois de o projecto inicial apontar para a remodelação do velho recinto, de muitos avanços e recuos, e de ter sido chegada a colocar a hipótese de um estádio municipal para os grandes Lisboa, o clube decidiu avançar para a demolição da sua velha casa e a construção de um novo estádio.
Os sócios deram o sim à obra na Assembleia Geral de Setembro de 2001, mas, até ao final dos trabalhos ainda houve muitas dores de cabeça. Primeiro foi o financiamento a preocupar os dirigentes e a exigir um empréstimo bancário de 60 milhões de euros. A 8 de Outubro de 2002, uma dívida com a Somague travou as obras, mas a questão resolveu-se e as máquinas voltaram ao trabalho três dias depois.
Foram apenas alguns dos problemas que se colocaram no caminho do Benfica. Agora a obra está feita e custará, segundo Mário Dias, vice-presidente encarnado para a área do património, 160 milhões de euros no seu total, já com mobílias, juros e outros custos acrescentados. Uma verba que pesa no orçamento no clube, mas que prevê a entrada de mais de 12 milhões de euros anuais em receitas e que permitiu erguer o maior estádio do país e o palco para a final do Euro 2004.
Os números da nova Luz:
2 anos e 24 dias de obras
3 dias de paragem das obras devido à dívida à Somague (Outubro 2002)
1.350 operários trabalharam nas obras ao longo destes dois anos; nesta altura, na fase final da construção e trabalhos nos acessos, há 500 trabalhadores na Luz
37.833 votos favoráveis à construção do novo estádio (correspondentes a 91,25 por cento dos sócios que votaram)
118.713.899 euros é o custo total estimado, de acordo com os resultados da auditoria externa de Agosto de 2003, solicitada pela Portugal 2004. No final, os custos devem ascender a 160 milhões de euros.
90.710.884 euros são os valores totais do contrato-programa que o Benfica assinou com o Estado, recebendo uma comparticipação de 25 por cento desse valor
22.677.721 euros é então o valor total da comparticipação do Estado: 21.074.210 euros (estádio), 1.603.511 euros (estacionamentos)
60.000.000 euros correspondem ao empréstimo bancário pedido pelo clube
45.000 m2 é a área total do estádio
12.000 m2 relativos à área dos espaços comerciais e de lazer
3.500m2 é a área do ginásio
1.000 m2 é a área da megastore
1 restaurante panorâmico de dois pisos com 2020 lugares
55 bares distribuídos por três anéis
156 camarotes
7.000 lugares VIP
2 écrãs gigantes
1 pavilhão polivalente com dois recintos com 5.500 lugares
65.400 lugares cobertos
1.410 lugares cobertos de estacionamento, mais 700 lugares descobertos e 100 lugares para autocarros
4 a 6 minutos, o tempo estimado para a evacuação total do recinto
750.000 euros/ano de custos de manutenção
12.470.000 euros de receitas por ano
20-85 euros, o preço dos bilhetes para assistir à inauguração
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