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Quarenta e cinco minutos estoicos do Sporting na receção ao Arsenal foram curtos para travar a equipa inglesa, que arrancou em Alvalade a 11.ª vitória seguida na temporada e regressou a Terras de Sua Majestade na liderança isolada do Grupo E da Liga Europa e a presença na próxima fase a prova praticamente selada.

A equipa de José Peseiro sucumbiu a um golo apontado por Danny Welbeck aos 77 minutos num lance em que Coates falhou um corte e deixou o avançado inglês na cara de um desamparado Renan.

FILME E FICHA DE JOGO

Uma leitura atenta das palavras de José Peseiro na conferência de imprensa de antevisão ao jogo desta quinta-feira permitiam antecipar uma equipa do Sporting mais conservadora e essencialmente apostada em estancar a letalidade dos homens mais avançados dos «gunners».

O treinador do Sporting fez seis mexidas relativamente à equipa que alinhou de início no jogo com o Loures para a Taça de Portugal e apostou num meio-campo conservado e mais musculado, com Petrovic, Battaglia e Gudelj.

A estratégia surtiu frutos sobretudo durante os primeiros 45 minutos, nos quais o conjunto leonino conseguiu bloquear as maiores virtudes dos homens de Unai Emery, que pareciam acusar a ausência de alguns titulares, entre eles o alemão Ozil.

A espaços, o Sporting arregaçou as mangas e mostrou que talvez este Arsenal ainda não esteja no chamdo «ponto-rebuçado» que sugeriam os dez triunfos consecutivos com que chegou a Alvalade, o melhor registo da equipa londrina desde 20017. Montero – voluntarioso – forçava a equipa contrária a deslizes primários e Nani ameaçou de meia-distância.

Os primeiros 45 minutos ficaram marcaram por um erro da equipa de arbitragem, que deixou passar em claro um agarrão de Sokratis a Montero quando o avançado colombiano se preparava para ficar isolado na cara de Bernd Leno.

No regresso dos balneários, o Sporting procurou jogar com as linhas mais subidas, numa tentativa declarada de ir em busca da felicidade. Mas a postura mais ousada deixou os leões à mercê da verticalidade do Arsenal. Em poucos minutos, Aubameyang ameaçou o golo três vezes.

Arranhado, o leão baixou linhas e posicionou-se para uma segunda parte de sofrimento. Após a entrada de Torreira – lançado para o lugar de Elneny – o Arsenal instalou-se definitivamente no meio-campo ofensivo e a equipa de José Peseiro resistiu como pôde até capitular aos 77 minutos.

Coates falhou um corte e Danny Welbeck isolou-se na cara de Renan, num lance em que parece ter ficado por assinalar um fora de jogo ao avançado inglês, que estava em posição irregular no momento do passe em profundidade de Torreira e Aubameyang não parece conseguir o toque na bola que colocaria o companheiro em linha.

Em contrarrelógio, e já com Jovane Cabral (e depois Diaby) em campo, o leão procurou recompor-se mas nessa altura, ainda que houvesse coração, já faltavam forças e discernimento. Zero remates enquadrados foi o saldo da equipa de José Peseiro ao cabo dos 90 minutos: pela primeira parte e pelo golo possivelmente sofrido em posição irregular, talvez o Sporting se pudesse achar digno de outra sorte, mas nunca da felicidade absoluta.