Frequentemente a vida conduz-nos por caminhos sinuosos ou estreitos. Não raras vezes depende de nós encontrar o percurso e sorrir no final. Existe também a possibilidade de ficarmos perdidos a meio do trajeto. O Sporting escolheu a primeira opção e carimbou a presença entre os semifinalistas.

A derrota com o Estoril em Alvalade complicou as contas do apuramento para a final four e deixou o a presença do Feirense em Braga à distância de um ponto. No entanto, o leão de Keizer parece apresentar um perfil corajoso e destemido. E tornou fácil o que a priori podia revelar-se complicado.

O detentor do troféu logo ao início mostrou ao que vinha. Logo ao minuto cinco, Raphinha- uma das quatro novidades no onze leonino - foi servido por Bruno Fernandes, «limpou» Bruno Nascimento do lance e atirou em arco para o fundo da baliza de Brígido.

O Feirense equilibrou ligeiramente. Aumentou os níveis de agressividade, pressionou alto e ganhou mais duelos. Pelo meio tentou jogar apoiado e por pouco não marcou. Salin errou a saída e valeu Bas Dost, tantas vezes goleador, a evitar o empate. Na vez seguinte que o penúltimo classificado da Liga chegou à baliza contrária já estava a perder por dois golos de diferença.

Filme e ficha de jogo

O segundo golo do Sporting começou num passe longo de Coates para Bruno Fernandes. A abordagem de Bruno Nascimento deixou um pouco a desejar e o capitão dos verde e brancos fez «só» um chapéu sensacional a Bruno Brígido.

Como se disse, na vez seguinte que os fogaceiros chegaram à baliza do Sporting marcaram. A imprudência de Petrovic atirou Tiago Silva para a marcar dos onze metros. O médio – que viria a ser expulso nos minutos finais – reduziu para 2-1.

O Sporting lambia as feridas com ataques. Três minutos após o golo concedido, Bruno Fernandes viu Bruno Brígido agigantar-se na baliza e evitar nova diferença de dois golos no marcador.

A intensidade baixou ligeiramente no início do reatamento. Até a um corte absolutamente decisivo de Mathieu a evitar que Luís Machado deixasse Edinho na cara de Salin (56’), pouco ou nada há a contar.

A partir da preciosa ação do francês, a história altera-se. O Sporting foi à procura do 1-3 e alcançou-o através de uma grande penalidade de Bas Dost (60’). Ficou sentenciado o destino leonino, fogaceiro e ainda o do Estoril que fez por sonhar com a final four.

Os destaques da partida

O golo do holandês voador arrasou a equipa de Nuno Manta e o Sporting começou a criar situações de golo iminente como nunca até então. Quase em catadupa. Brígido negou o 1-4 a Diaby (66’) e Bas Dost (78’), Jovane enviou um míssil ao poste (77’) e Dost teve uma perdida incrível (90+1). Pelo meio, numa bela jogada coletiva diga-se, o leão chegou à goleada num autogolo de Luís Machado.

O Sporting não se perdeu no caminho e segue para a Braga com um sorriso no qual se vê felicidade.