Robert Spehar está a ter «uma progressão muito boa» em relação à lesão que o afectou na temporada passada e o obriga a realizar trabalho específico no estágio do Sporting, revelou ontem Carlos Bruno, o recuperador físico leonino. 

«Não há lesões, há lesionados, pelo que é muito difícil dizer se ele pode voltar aos treinos normais dentro de uma ou duas semanas. Spehar está a fazer treinos bidiários, há melhorias a cada momento e ele próprio está muito feliz com a recuperação que tem feito. Pode voltar a curto/médio prazo e fará integração progressiva nos trabalhos que os colegas efectuam», disse Carlos Bruno. 

Noutro contexto, o preparador físico do Sporting considera que «os pequenos toques e as queixas de alguns jogadores» em relação ao trabalho de pré-temporada «são absolutamente normais». 

«A esmagadora maioria dos jogadores são profissionais e preocupam-se com a condição física durante as férias. Não estão na melhor forma nem devem estar, mas está tudo a decorrer dentro da normalidade», acrescentou. 

Carlos Bruno explicou ainda que o plantel está a trabalhar «em grupos diferenciados para que as cargas sejam adequadas às características dos jogadores», uma vez que «uma determinada carga pode ser demasiada para uns e escassa para outros». 

«Estamos muito bem servidos» 

A situação de Delfim é também considerada «normal» pelo recuperador físico: «Está bem. Esteve muito tempo parado no ano anterior e é natural que com treinos tridiários se vá ressentindo um pouco e a carga dele tenha, lá está, de ser adequada.» 

Carlos Bruno diz que o trabalho que desenvolve no clube de Alvalade «é aliciante» e faz questão de frisar que não está sozinho na tarefa:«Não sou o único responsável pela recuperação de um jogador. Eles recuperam comigo as qualidades físicas e os índices de confiança até um nível óptimo, de modo a poderem integrar os treinos e a competição da melhor forma possível. Mas os papéis de Gomes Pereira [médico] e Rodolfo Moura [enfermeiro-massagista] são, apesar de menos visíveis, talvez mais importantes. Umas coisas não fazem sentido sem as outras.» 

Rui Oliveira, ex-chefe do departamento de metodologia do treino, foi o responsável pela chegada de Carlos Bruno a Alvalade. O professor saiu, o recuperador continua, num processo que este considera natural: «Devo muito ao professor Rui Oliveira, é pessoa que me ajudou e com a qual aprendi. Mas todos sabemos que o futebol é assim. Hoje estamos cá, amanhã podemos não estar. São situações normais. Agora trabalho apenas com o futebol profissional e temos uma equipa técnica e médica muito coesas. Ao nível da metodologia do treino, do controlo e da análise e avaliação do treino estamos muito bem servidos.» 

Interrogado a propósito das condições proporcionadas pelo centro de estágio de Rio Maior, Carlos Bruno confirmou o que já ficara dito por outros elementos sportinguistas: «Resumindo, digo que melhor é difícil. Não nos falta nada. E quando falta rapidamente é resolvido.»