Rodrigo Fabri, jogador do Sporting, não esconde a alegria pela boa exibição frente ao Campomaiorense. Numa altura em que se falava da sua dispensa, o médio surgiu na equipa titular para espanto de todos e principalmente do próprio jogador: «Eu nem sabia que ia jogar, soube no dia do jogo. Esta foi mais uma prova de como o futebol é estranho. Do dia para a noite as coisas mudaram de tal maneira que ontem estava com um pé fora do Sporting e hoje estou com os dois pés dentro. É incrível como no futebol nunca se pode desanimar.» 

O brasileiro revela que nunca baixou os braços e mesmo quando sentiu que estava a treinar para si mesmo «porque não era convocado» nunca desistiu e sempre treinou «a sério». Admite que não sabe «qual o motivo» para a sua convocação, mas acredita «que tenha sido por ter treinado muito bem nas últimas duas semanas», esforçando-se «ao máximo». Trabalhou sempre «para estar bem quando as oportunidades aparecessem» e quando esta surgiu «estava preparado». 

Apesar da boa partida que realizou Rodrigo recusa-se a entrar em euforias e defende que é cedo para dizer se atravessa um bom momento: «Foi apenas um jogo. O momento não é assim de uma hora para a outra que muda. Temos de dar uma sequência de trabalho para ver se o meu momento está bom. Acredito que este jogo foi definitivo. Estive cerca de dois meses sem jogar e, normalmente, um jogador tem de ter um ritmo de jogo para alcançar a melhor forma, mas mesmo assim acredito que fiz um bom jogo.» 

À espera de uma definição da direcção 

O jogador está no Sporting por empréstimo até ao final da época e chegou-se a falar na hipótese de sair já. Agora, o jogador diz que tudo mudou. «Como a minha situação estava muito difícil eu não estava a ver nenhuma perspectiva de jogar e preferia sair. Agora mudou completamente a minha cabeça», afirma. 

Mas o jogador diz que «ainda é cedo» para falar em ficar em Alvalade depois do final do empréstimo. Rodrigo reconhece que «seria um orgulho defender as cores do Sporting», mas há que «esperar pelo final do campeonato» e que a direcção do clube de Alvalade «se defina sobre esse aspecto». 

A chegada de Tello não assusta Rodrigo, que afirma que «tem de jogar quem está melhor». O brasileiro diz não conhecer o futebol do seu novo colega de equipa, mas acredita que «seja um belissimo jogador» e que se jogar dê «conta do recado».  

Jogar pela esquerda ou pelo centro, pouco importa para o médio. O que interessa é jogar. Rodrigo nunca escondeu que acha que rende mais a jogar «um pouco mas no meio e mais adiantado», já falou com o treinador sobre isso, mas mostra-se disponível para «apoiar as decisões do treinador e ajudar a equipa». 

Rodrigo não considera que a saída de Augusto Inácio dos comandos técnicos lhe tenha aberto as portas, até porque com o ex-treinador leonino teve duas oportunidades, mas que não lhe correram bem. Rodrigo diz que «a distância entre as partidas dificultou» e reconhece que quando chegou «estava muito mal preparado fisicamente». Agora com esta exibição espera «ter ganho a confiança de quem ainda não a tinha, para que surjam mais oportunidades»