Ricardo Nascimento está de regresso ao futebol português. O médio criativo volta ao Gil Vicente, pelo qual assinou por uma época, depois de uma experiência algo frustrante no Montpellier, da II Liga francesa. 

Em conversa com o Maisfutebol, Ricardo Nascimento não escondeu a sua enorme satisfação por este regresso: «É muito bom voltar ao futebol português. E ainda por cima, ao Gil Vicente, clube pelo qual sempre nutri uma grande simpatia e onde passei muito bons momentos». 

Aos 27 anos, o jogador acredita que este regresso poderá ser decisivo para relançar a sua carreira: «Posso fazer uma boa época no Gil Vicente. Espero ajudar o clube a fazer uma época mais tranquila do que a que teve na temporada passada. Acredito que isso será possível, porque está a ser construído um bom plantel». Ricardo Nascimento confia em Luís Campos: «Sempre achei que é um bom treinador e acho que fez um óptimo trabalho. O Gil fez um final de época muito bom, com bons resultados e a jogar bem. É uma equipa que gosta de jogar ao ataque e isso pode ser bom para mim». 

Um sabor francês agridoce 

Ricardo Nascimento fala sobre a sua experiência em França de forma contraditória. Por um lado, considera-a uma «experiência interessante», mas, por outro, admite que do ponto de vista desportivo, as coisas podiam ter corrido muito melhor: «Tive azar. Muito azar. Na precisa altura em que me estava a impor como titular no Montpellier, sofri uma entorse algo grave e fiquei parado três meses. Ao longo do tempo que estive em França, lesionei-me por quatro vezes. Foi mesmo muito azar...» 

O médio criativo português não tem dúvidas em afirmar que, em termos de talento, o futebol português nada tem a dever ao futebol francês: «Pelo que vi, em Portugal há melhores jogadores. A Fraça pode ser uma grande potência em selecções, mas não duvide que os clubes portugueses, no geral, têm melhores jogadores. A questão está nas infra-estruturas. Do ponto de vista das condições, da organização, os clubes franceses estão para aí 10 ou... 20 anos à nossa frente. Esse é que é o nosso problema. Se em Portugal houvesse as condições que há em França, os jogadores também se sentiriam com maior responsabilidade e produziriam mais. O problema é esse...»