A Federação Espanhola de Futebol (RFEF) decidiu retirar os três pontos conquistados pelo Getafe na partida frente ao Compostela, em virtude da equipa madrilena ter utilizado quatro jogadores estrangeiros ¿ o russo Faizulin, o nigeriano Boli e os camaroneses Hugo e Dika - durante cinco minutos da partida, a contar para a 38ª jornada do campeonato espanhol da II Divisão. 

O organismo que rege as questões displinares do futebol espanhol decretou ainda a derrota do Getafe por 0-3, depois da equipa ter vencido dentro de campo por 2-1, frente ao Compostela. 

Com esta situação, o Getafe mantém a 20ª posição na tabela classificativa e está praticamente na II Divisão B, já que necessitará de conquistar nove pontos no últimos três encontros que faltam para terminar o campeonato. Para além disso, precisa que o Racing Ferrol, actualmente no 17º posto, não conquiste qualquer ponto, e que o Elche, 19º classificado, some apenas um ponto nas três partidas. 

Getafe pondera recurso ao Parlamento Europeu 

A decisão do Comité de Competição da RFEF já motivou reacções do clube e do próprio alcaide de Getafe. Pedro Castro, autarca da região, referiu que está «disposto a levar o caso à assembleia municipal de Madrid, ao Congresso, e se for preciso, ao Parlamento Europeu e ao tribunais comuns». 

O alcaide de Getafe disse ainda que esta decisão «demonstra que o futebol está viciado, está sujo, e aplicam-se critérios duplos». 

«A resolução do comité é totalmente desproporcionada e não mostra qualquer clemência para connosco, por um erro do qual nos arrependemos espontaneamente. Vamos apresentar recurso até às últimas instâncias, para que haja justiça e nos devolvam o que ganhámos no campo», afirmou Felipe González, presidente do Getafe. 

O responsável máximo do clube madrileno acrescentou ainda que não vai «permitir um prejuízo de tamanha dimensão, por o Getafe ser um clube modesto, quando há outros clubes que cometem irregularidades maiores, como no caso dos passaportes falsos, e não sofrem este tipo de sanções».