Stig Nilsson passou há muito a juventude, mas ninguém diria isso se centrasse a atenção apenas no sentido de humor que possui. É o presidente do Halmstads, mas deu uma lição de humildade ao enfrentar o tempo instável para ir receber a comitiva do Benfica. 

Está no clube há tempo suficiente para saber que não deve «esperar demasiado» da sua equipa quando o árbitro disser que o jogo pode começar. Está à frente no campeonato, é verdade, mas a Europa é outra conversa. «Os portugueses são uma equipa de topo, o Benfica é um nome respeitado, claro que são eles os favoritos», disse. 

Depois, o Halmstads tem um problema adicional. A UEFA só permite lugares sentados e isso é coisa que não abunda no estádio. Resultado: estarão apenas quatro a cinco mil adeptos nas bancadas. «Apesar dessa dificuldade, vamos fazer o nosso melhor e tentar obter um resultado que surpreenda as pessoas». 

O Halmstads é verdadeiramente um pequeno clube. Criado a 5 de Março de 1914, vive para o futebol, onde movimenta, todas as camadas incluídas, cerca de 250 praticantes. O orçamento de três milhões de dólares (um pouco mais de 600 mil contos) é quase insignificante se comparado com os milhões que o Benfica gera. 

Os adeptos, cerca de dois mil, pagam seis contos por mês, mais o preço dos bilhetes. Um valor adequado ao nível de vida sueco, capaz de fazer corar um português. Aqui tudo deve ser consumido com cuidado, o câmbio é para levar a sério. Quem quiser saber mais sobre o clube pode visitar o site do Halmstads na Internet, em www.halmstadsbk.se.  

Como curiosidade, diga-se que este vai ser um jogo Adidas. A marca alemã veste os dois clubes. Claro que as ligações que mantem com Benfica e Halmstads são bem diferentes, até porque os portugueses integram o reduzido grupo de elite da Adidas. Foi por isso que a multinacional fez viajar desde Lisboa um dos seus elementos, para que nenhum pormenor seja descuidado.