O aprazado encontro entre UEFA, FIFA e Comissão Europeia, em Bruxelas, que pretendia discutir um novo sistema de transferências, foi adiado porque a primeira organização entendeu necessário ter mais tempo para analisar bem a questão. 
 
UEFA e FIFA reijeitaram a ideia de Glynn Ford, do Partido Trabalhista britânico, que o esquema actual de transferências de jogadores devia ser totalmente removido, a fim de se ajustar aos regulamentos da União Europeia.  

Por seu turno, Keith Cooper, director de comunicação da FIFA, declarou ao The Journal que o futebol deve ser visto como um caso especial no regime laboral da União Europeia. 
 
No entanto, Anna Diamantopoulou, comissária europeia para os assuntos sociais, parece não abdicar de que «o livre movimento de pessoas aplica-se a todos os cidadãos da União Europeia, incluindo os profissionais desportivos.» 

O director de comunicação da UEFA, Mike Lee, adiantou que mais conversas entre as três entidades terão lugar no final deste mês, assim que os responsáveis da organização estudarem uma carta da FIFA, que sugere uma diferente abordagem à questão, a fim de se chegar a um consenso. 

Existe ainda outro ponto quente sobre o que acontece aos futebolistas que querem mudar de clube, mas não têm o acordo daquele em que militam. A UEFA diz que tais jogadores têm de esperar três anos antes que se proceda à transferência. Mas Viviane Reding avisou que tal poderia levar a decisão encontrada ao Tribunal Europeu da Justiça.  
 
Outra questão prende-se com a contratação de jogadores jovens e as respectivas compensações desejadas pelos clubes nestes casos. É que estes não vêem com bons olhos a saída a custo zero de jogadores formados nas suas escolas. E os clubes mais pequenos acreditam mesmo que tal seria o princípio do fim...