Maciel
A velocidade do extremo brasileiro foi sempre um problema para a defesa do Gil Vicente. Sobretudo na segunda parte, é verdade, numa altura em que a U. Leiria apareceu mais empreendedora e ofensiva, pelo que Maciel teve mais bola para jogar. Mas já na primeira parte tinha sido dele o cruzamento que permitiu a Cadú da Silva assistir Lourenço para o golo do empate. Na segunda parte continuou a dar velocidade e provocou também o segundo golo, com um cruzamento que Paulo Jorge aliviou para a frente onde apareceu Fábio Felício a desviar para golo. Já depois do próprio Maciel ter atirado às malhas laterais na sequência de um livre marcado por Fábio Felício e já depois também de ter assistido Lourenço para um remate que tinha tudo para terminar em golo. Enfim, uma tarde cheia do extremo brasileiro.
Bruno Tiago
O golo que marcou tem de ser visto na televisão. E provavelmente revisto, e revisto, e revisto. O tempo necessário até se perceber que percentagem do arco doido que fez a bola foi mérito do médio e que percentagem foi obra do acaso. Mas lá que o resultado final foi lindo, isso foi. Um grande golo que coroou uma boa exibição no centro do terreno, uma exibição cheia de pujança, pragmatismo e excelente visão de jogo.
Fábio Felício
Foi um dos sacrificados depois da derrota caseira da última jornada frente à Académica, começando o jogo no banco. Entrou porém em campo ainda na primeira parte para substituir o lesionado Touré e, para a U. Leiria, em boa hora o fez. Trouxe outra velocidade ao futebol da equipa, outro dinamismo, outra capacidade ofensiva, até. A U. Leiria cresceu, empatou e chegou à vitória. Com um golo de Fábio Felício.
Lourenço
O avançado emprestado pelo Sporting aproveitou o castigo de Paulo César e a lesão de Ferreira para ganhar um lugar na frente, numa oportunidade que não desperdiçou. Marcou o golo do empate e cumpriu logo aí o que lhe era pedido. Mesmo que no resto se tenha mostrado poucas vezes em situações de finalização. Tem sempre a atenuante de ter tido pouco jogo e tem também mais um remate perigoso para justificar o destaque.
Carlos Carneiro
O regresso do ponta-de-lança ao onze inicial, ele que tinha ficado no banco em Alvalade, trouxe uma agressividade determinante no domínio territorial que o Gil Vicente exerceu sobre o adversário. Mesmo não dispondo de muitas ocasiões para finalizar, Carlos Carneiro foi sempre um peso para os defesas que permitiu libertar companheiros para outras aventuras. Pelo meio quase marcava numa bola finalização.