Vítor Oliveira, treinador do Gil Vicente, em declarações na flash interview da Sport TV após a derrota com o Sporting por 2-1:

«Os resultados são sempre justos. Traduzem a diferença entre golos marcados e sofridos. O Sporting marcou dois, nós fizemos um e, por conseguinte, o resultado é justo. O jogo foi dividido, tivemos alturas em que estivemos por cima do Sporting e outras em que o Sporting foi melhor. Não houve muitas ocasiões, mas penso que houve para os dois lados. Duas ou boas situações em cada parte para nós. Em contra-ataque, na segunda parte o Sporting podia ter acabado com o jogo. O Sporting não marcou e nós fizemos um golo muito perto do final.

Mais uma vez, o tempo dado não foi o correto. Quatro minutos, com tantas substituições, um penálti e um livre que demorou imenso tempo a marcar... penso que as pessoas deviam ser mais justas no critério do tempo, que é um fator muito importante. Não há qualquer tipo de pressão, as pessoas estão tranquilas e deviam ter mais isso em atenção. É uma situação importante que nos faz estar na cauda da Europa em tempo de jogo.

A minha equipa agradou-me mais nos últimos dois jogos que fizemos fora. Fomos mais capazes e algo ineficazes no último terço. Chegámos lá com relativa facilidade, mas não tivemos arte nem engenho para materializar. Vamos continuar à procura dos pontos que precisamos para nos mantermos na Liga: entendo que vamos conseguir.»

[Jogo resolvido nos detalhes?]

«Concordo. Sofremos o primeiro golo num lançamento de linha lateral, em que fomos pressionar e sabemos que pressionando muito alto o Sporting, temos de matar ali o jogo: ou ganhar a bola ou fazer uma falta que nos permita reorganizarmo-nos atrás. Com espaço, o Sporting é uma equipa muito perigosa devido ao talento e à velocidade dos homens da frente. No segundo golo, um passe mal calculado de um defesa nosso pôs o jogador do Sporting na cara do nosso guarda-redes. Dois erros e os pormenores são muito importantes em futebol: nesta fase parecem-me ainda mais importantes.»

[Sobre a saída do Gil no fim da época]

«Nunca penso na próxima temporada enquanto as situações ainda não estão resolvidas. Não tenho compromisso com ninguém. Já tinha manifestado à direção do clube que não queria continuar e a direção resolveu arranjar um novo treinador e tem toda a legitimidade para isso: não tinha era legitimidade para o tornar público, porque isso provoca sempre alguma instabilidade no balneário.»