Gilberto Madail, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), manifestou-se esta quarta-feira contra a reformulação dos quadros competitivos, aprovada pelo Conselho Superior de Desporto (CSD), destacando a sua insatisfação quanto às subidas e descidas entre a Liga de Honra e II Divisão B.
O Governo informou hoje a FPF e a Liga de Clubes que a Superliga e a II liga vão passar a contar com apenas dezasseis clubes a partir da época 2005/06, mas pediu aos dois órgãos uma solução conjunta relativamente às promoções e entre a Liga de Honra e II Divisão B.
A proposta inicial apresentada pela Liga de Clubes ao CSD, aprovada por maioria em Outubro de 2003, prevê a promoção à II liga de apenas dois clubes da II Divisão B, que conta com três séries (Norte, Centro e Sul) de vinte equipas.
«A Liga não pode decidir nada unilateralmente. Votámos contra a proposta por isso mesmo. Aliás, o Governo teve conhecimento, através do presidente da FIFA, a seguir à vitória do F.C. Porto na Liga dos Campeões, de que as federações têm supervisão sobre as provas, mesmo que a gestão pertença a outra entidade», referiu Gilberto Madail à Agência Lusa.
«Continuamos aberto ao diálogo, pois somos nós que supervisionamos todo o futebol, embora, pontualmente, como acontece com as associações, a nível distrital, ou com a Liga, nos escalões profissionais, algumas áreas lhes estejam atribuídas», acrescentou o dirigente em relação à decisão do Governo.
Neste sentido, o presidente da FPF referiu que não tem conhecimento de alterações ao sorteio dos calendários da Superliga e da Liga de Honra de 2004/05, marcado para esta quinta-feira, na Figueira da Foz, de forma a prevenir a necessidade de despromoção de quatro clubes. «Ainda há pouco falei com o presidente da Liga (Cunha Leal), que não me falou em alterações nenhumas. Até porque, se as houvesse, eu não me deslocaria à Figueira da Foz, para manter a coerência do meu voto contra as alterações», destacou.