A recessão técnica terminou, mas não a crise. Para o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, «os números divulgados pelo INE, referentes ao crescimento do PIB, confirmam os sinais positivos já revelados por alguns indicadores sectoriais de conjuntura e de confiança e pela recuperação do sistema financeiro».

Analisando os dados que indicam que a economia portuguesa cresceu 3%, Teixeira dos Santos considera mesmo que «o crescimento em cadeia do primeiro para o segundo trimestre deste ano termina a recessão técnica iniciada em meados de 2008».

Mas não a crise: «Isto não é o fim da crise que nos tem afectado. Para que esta acabe, o crescimento deve manter-se de forma sustentada e reflectir-se na criação de emprego».

Segundo comunicado com a análise de Teixeira dos Santos, enviado à Agência Financeira, «o facto de, a nível europeu e mundial, estarmos num ponto de viragem da crise é positivo pois constitui um estímulo para que a economia portuguesa continue a crescer». Por isso mesmo, sublinha, «os apoios do Governo à economia e ao emprego devem manter-se de forma a consolidar a recuperação do crescimento».

«Há que apostar na qualificação dos portugueses e na modernização e internacionalização da nossa economia para assegurar um crescimento mais forte a médio e longo prazo»; e assim «o esforço de investimento privado com esse fim deve ser incentivado e o investimento público deve ser mantido».