Os sindicatos que apelaram à mobilização de centenas de milhar de pessoas esperam que esta paralisação, que engloba tanto o sector público quanto o privado, venha a criar a maior contestação desde a tomada de posse de Nicolas Sarkozy em Maio de 2007.
As palavras de ordem terão por base acusações ao poder político, dado que os líderes da greve geral consideram que o governo francês tem feito de tudo para ajudar os empresários e banqueiros nesta turbulência financeira mas não o suficiente ao nível da preservação dos empregos da classe média.
Além disso, os grevistas protestam contra a falta de protecção no trabalho e apelam a reformas efectivas tanto na justiça como na educação.
As expectativas de que o país pare esta quinta-feira ganham força, quando se espera que os transportes públicos, o pessoal do aeroporto ou os funcionários das Finanças se juntem a trabalhadores do sector privado, como bancários, mecânicos e até empregados de caixa de supermercado.
Taxa de desemprego nos 10% até ao fim de 2009
De acordo com a agência Reuters, têm sido divulgadas diversas sondagens que referem que 70 por cento dos franceses consideram que esta greve se justifica.
Apesar dos problemas com bancos não sejam, até agora, tão elevados como em outros países da Zona Euro, a França entra na sua primeira recessão em 16 anos e as estimativas referem que a taxa de desemprego pode chegar aos 10% no final deste ano.
Nesta manhã, existem já relatos de atrasos e falhas nos transportes públicos, além do fecho de escolas. A greve geral deve chegar ainda à comunicação social e aos tribunais.
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