O treinador do Barcelona, Pep Guardiola, lamentou o incidente em que José Mourinho, do Real Madrid, meteu a mão na cara a Tito Vilanova, adjunto do Barcelona, quando se gerou uma confusão junto à linha lateral.

«As imagens falam por si mesmas, há coisas que não se podem fazer, isto pode acabar mal se não se coloca um travão», disse o técnico do Barça, após a conquista da Supertaça de Espanha sobre o eterno rival.

«Eu posso fazer algo com os meus jogadores e comportar-me o melhor possível, ainda que não dê lições a ninguém», continuou Guardiola. «O Real Madrid não tem por que nos felicitar, nem esperar que recebamos o troféu», prosseguiu.

Mourinho terá dito que não conhece Tito Vilanova, adjunto de Guardiola. O treinador dos catalães reagiu: «Não tem de saber quem é. Mas eu sim, conheço Karanka ou Rui Faria. Para nós, o Tito é muito importante. Começou a trabalhar em equipas pequenas e agora etsá neste projecto comigo e, sem ele, ou outros, não estaríamos aqui.»

Quanto às queixas dos jogadores do Real Madrid, Guardiola foi explícito: «Pensam sempre que nos atiramos para o chão, mas ninguém nos vai convencer, mas algum dia alguém se vai magoar e temos de estar vigilantes. Eles jogam para ganhar, nós também e fazemos o melhor possível. Temos jogadores exemplares na sala de imprensa e no campo.»

Guardiola admitiu que o Barça vinha de um «momento de precariedade» e os jogadores «responderam como o que são, eternos, míticos e irrepetíveis, que gostam de treinar e jogar futebol».

Quanto à acusação de Mourinho sobre apanha-bolas, Guardiola concluiu: «Não havia nenhuma indicação relativa a isso.»