O Maisfutebol desafiou os jogadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. É isso que farão daqui para a frente:

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«Olá a todos mais uma vez!

Desta vez, venho falar um pouco da Eslováquia e da cidade do meu clube (Zilina).

Em minha opinião, a Eslováquia é um país um pouco cinzento. Talvez seja mesmo. Não vejo muitos jardins, e os que vejo, têm pouca vida, poucas flores, tal como os edificios têm pouca cor, tirando claro, os shopings. Pelo menos, em Zilina.

Talvez seja pelo simples facto de que aqui, durante muitos meses, neva, então talvez seja mais fácil manter uma cidade assim com menos custos! Utilizam pouca iluminação pública, não sei se é para poupar, ou se são hábitos, porque os postes para iluminação existem, só que muitos deles não estão ligados!



As pessoas, muitas delas, achei-as durante algum tempo frias. Mas começo a aperceber-me de que na verdade não o são, apenas são diferentes de nós. Hoje em dia, quanto mais conheço os outros, mais gosto dos portugueses e de Portugal.

É verdade o que se diz quando se fala que as mulheres desta parte da Europa. São bonitas. Mas também é verdade que o são em Portugal.

Acredito que a grande maioria da população é magra, principalmente as mulheres, algumas magras demais até. Já os homens, adoram musculação, e quanto mais músculo, mais bonitos! Esta é a filosofia deles! É muito dificil encontrar uma criança obesa. Mesmo adultos, são muito poucos.

Talvez seja pela alimentação, visto que aqui o que predomina na alimentação são carnes brancas, principalmente frango, e também muito salmão!

As pessoas são muito caseiras, e adoram estar em casa, em familia. Talvez pelo clima, mas não só, porque sinto que as familias aqui são unidas e dão muita importância a estes momentos.

Eles têm óptimas sopas aqui (especialmente uma chamada Goulash) e às 12h já estão a almoçar, às 18h a jantar e às 21h está tudo fechado, principalmente os Shopings.

Estranho não? É verdade, depois das 21h não se vê ninguém nas ruas. Às vezes chamo-lhe cidade fantasma, até porque chego a ver mais gente durante a semana fora de casa, do que ao fim-de-semana. Ao contrário de Portugal. Mas também vivo numa cidade pequena, cerca de 100 mil habitantes, dizem eles.

Mas tudo tem a sua beleza, só temos de saber observar, certo?

Cumprimentos e até breve!»