A imprensa brasileira redescobriu Hélton, depois de o guarda-redes do F.C. Porto ter sido chamado por Dunga para a selecção. O Globo conseguiu entrevistar, por telefone, o portista, que manifestou a sua satisfação pelo regresso à canarinha e pelo momento de forma ao serviço dos dragões.
«O Jorginho (ndr. adjunto de Dunga) viu-me num jogo em que quase não trabalhei, contra o Estrela Amadora. Achava que estava fora. Mas a gente acaba sempre por ficar na expectativa, toda as convocatórias da seleção são assim. Foi óptimo ter sido convocado», começou por dizer o guardião.
Hélton relembrou a sua passagem prolongada pela União de Leiria, antes de ser contratado, na última época, pelo F.C. Porto. «Eu estava à procura de uma oportunidade de trabalho, para poder dar à minha família as melhores condições de vida. O Leiria ofereceu-me isso, deu-me condições de trabalhar e só tenho a agradecer. Agora, os meus quatro anos de trabalho aqui em Portugal foram recompensados. Estou muito feliz no F.C. Porto, tenho contrato até 2010 e não penso em sair daqui. Não penso em sair do F.C. Porto tão cedo, mas o futuro a Deus pertence», explicou.
O facto de ter conquistado a titularidade na baliza dos dragões com Vítor Baía como adversário merece a natural curiosidade da imprensa brasileira. «Ele é uma pessoa a quem eu só tenho a agradecer, pela forma como me recebeu no F.C. Porto quando cheguei. Temos uma relação muito boa, sem qualquer tipo de mágoa por eu ser titular e ele reserva», afirmou, perspectivando a temporada do F.C. Porto: «Pode-se esperar muita atitude e trabalho. A prioridade é trabalhar muito e os títulos são consequência deste trabalho.»
Hélton foi ainda questionado sobre a crescente integração de guarda-redes brasileiros no futebol europeu. «Particularmente, tenho muito a agradecer tanto ao Dida quanto ao Taffarel. Foram os dois que, com um belo trabalho, abriram o caminho para que outros guarda-redes fossem trabalhar para a Europa. Hoje, o guarda-redes brasileiro é muito respeitado por aqui.»