Henrique Calisto, treinador do Paços de Ferreira, estabeleceu como prioridade voltar a não sofrer golos e admitiu que até será positivo empatar na visita Coimbra diante da Académica, no domingo, em jogo da 15.ª jornada da Liga.

Atualmente no 15º lugar da classificação, Henrique Calisto considera que «fazer pontos é sempre bom» e admitiu que o jogo de Coimbra «tem de ser encarado como uma final». «É evidente que ninguém joga para empatar, mas precisamos de pontos e, nesta situação, fazer pontos é sempre bom. Estamos numa fase em que também temos inverter a situação dos golos sofridos e voltar a não sofrer golos. Trabalhamos para isso diariamente e temos criar essas rotinas», disse o técnico pacense.

Na antevisão ao encontro de domingo, o técnico deixou elogios à equipa de Sérgio Conceição, uma «equipa sólida» e, sublinhou, com «grande coesão defensiva». «É uma equipa sólida, com jogadores rápidos, que privilegiam as situações de contra-ataque, e revela grande coesão defensiva, como demonstrou frente a FC Porto e Sp. Braga, em que conseguiu vitória. E essas refletem a forma como abordam os jogos», afirmou.

Calisto disse ainda que os «reforços» Buval e Dell Valle ainda não devem ser opções para o «onze», por necessitarem de tempo para a adaptação e renderem o que deles se espera, e admitiu estar mais preocupado com a recuperação pontual do Paços, comparativamente à situação da equipa aquando da sua passagem, em 2011/12. «Está a ser mais complicada do que a anterior, mas guardo as razões para mim», disse o técnico, num tom enigmático, sem deixar de dizer que ainda espera «alguns» jogadores durante o mês de janeiro. «Só temos dois centrais, só temos dois pontas-de-lança e só temos três alas», destacou. «O Grégory continua a trabalhar connosco, mas está à procura de clube», acrescentou.

Esta necessidade de reforços ajuda a perceber as dificuldades atuais da equipa, recentemente afastada dos quartos de final da Taça de Portugal, pelo Desportivo das Aves, da II Liga, por 2-1. «Os grandes são aqueles que caem e conseguem ter forças para se levantarem. Fomos eliminados também por culpa própria, apesar de termos jogado bem. A equipa precisa de ser mais pragmática, mais guerreira e lutadora para atingir os seus objetivos», concluiu.