O futebolista português Jorge Ribeiro negou, esta sexta-feira, uma tentativa de agressão ao CEO da SAD do Farense, André Geraldes, contra quem vai apresentar queixa-crime, na sequência de ter sido suspenso pelo Farense, a 16 de maio.

Jorge Ribeiro, a cumprir a terceira época nos algarvios e com contrato findo em junho, defendeu que «o ataque pessoal» de que foi «vítima» não vai ao encontro «do sentimento» de com quem trabalhou consigo «ao longo dos últimos anos».

«Irei recorrer a todos os meios legais à minha disposição para repor a verdade e exigir responsabilidade de quem denegriu o meu bom nome e reputação, em especial o senhor André Geraldes, por todos os danos que me causou e continua a causar», referiu o jogador de 37 anos, esta manhã, em conferência de imprensa, em Faro.

Jorge Ribeiro acusou Geraldes de ameaças à família e vai apresentar queixa por ameaça, difamação e calúnia. Ao lado do presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, Jorge Ribeiro apontou que, quando a renovação de contrato estava «bem encaminhada», começou a sentir, de Geraldes, «algum desconforto e ressentimento».

O lateral-esquerdo diz ter sido «surpreendido» por um telefonema de um membro da SAD na semana anterior ao jogo da última jornada, ante o Académico de Viseu, a dar conta de que Geraldes teria dito à administração da sociedade que, na segunda-feira após o jogo, iria «despedir o Jorge Ribeiro». Perante as ditas palavras, o futebolista diz ter solicitado uma reunião ao presidente da SAD, João Rodrigues, para esclarecer a situação. Perante a indisponibilidade deste, Jorge Ribeiro reuniu apenas com Geraldes e confrontou o dirigente com a informação recebida.

«Reagiu de forma agressiva e prepotente, afirmando que o poderia fazer como bem entendesse, para de seguida associar a minha família à discussão, dizendo para tomar cuidado como falava, pois sabia onde morava, que tenho uma mulher grávida e filhos», descreveu Jorge Ribeiro.

O irmão do ex-futebolista Maniche confirmou ter-se exaltado por «não admitir ameaças à família», mas garantiu que «em nenhum momento» teve contacto físico com o dirigente. «Virei costas e saí do local, repudiando em absoluto que tenha havido qualquer tipo de agressão física. Se as autoridades foram chamadas ao local, desconheço. Se tal aconteceu, foi após a minha saída», completou o atleta, sublinhando que, no dia seguinte, 17 de maio, foi impedido de entrar nas instalações da SAD por seguranças, a quem pediu, sem êxito, documentação a provar o impedimento, o que levou a GNR a tomar conta da ocorrência.

Jorge Ribeiro desejou ao Farense «toda a sorte do mundo», sendo que, confrontado com a acusação, o diretor-executivo da SAD remeteu esclarecimentos para futuro.

Fonte próxima de André Geraldes, contactada pela agência Lusa, rejeitou a acusação, notando que o dirigente está tranquilo, por ter pretensas sete testemunhas que presenciaram a situação.