Rui Alves, presidente do Nacional, rejeita as críticas apontadas à formação insular por ter regressado aos treinos durante o estado de emergência e diz que «há clubes que não querem que os campeonatos recomecem e estão a fazer lóbi para que não se jogue»

«Pensam, apenas e só, nos seus interesses, têm medo do que pode acontecer, nomeadamente descer de divisão. Alguns só querem impedir as descidas», disse o dirigente em entrevista ao Record.

Rui Alves recusa a ideia de que esteja a colocar em perigo os jogadores. «Há vários interesses laterais em torno de tudo isto, mas nós preocupamo-nos com o bem-estar dos nossos jogadores. De resto, até é interessante constatar que nos consideram irresponsáveis. Basicamente estão a apelidar o Presidente da República de irresponsável. O decreto do estado de emergência não foi feito de ânimo leve. As nossas decisões também não o foram», aponta o presidente do Nacional, fazendo referência ao facto de o decreto dizer que é permitido o acesso às instalações desportivas dos «praticantes profissionais e de alto rendimento em contexto de treino».

Neste regresso ao trabalho, o plantel foi dividido em dois grupos, que vão ao estádio em dias alternados, e a cada hora treinam apenas dois jogadores, um em cada meio campo.

Na segunda-feira os atletas fizeram corrida e alguns exercícios com bola e o trabalho foi orientado por um elemento da equipa técnica com máscara.

Segundo as regras impostas pelo clube, os jogadores medem a temperaturas em casa e à chegada ao estádio são novamente avaliados numa sala preparada para o efeito. Os materiais utilizados nas instalações e nos seus acessos serão limpos e desinfetados após cada utilização.