O ano de 2020 tem banalizado o conceito de ‘insólito’. E é nesse capítulo que se insere a história de Hilmar Leon Jakobsen.

Em janeiro, Jakobsen era um andebolista consagrado no seu país, as Ilhas Faroé.

Ao serviço do H71, o lateral-esquerdo tinha vencido a dobradinha em 2019 no país pelo qual é internacional e até participou no apuramento da seleção para o Mundial, defrontando a Lituânia.

Só que quando a pandemia obrigou ao encerramento dos pavilhões no país, o jovem de 23 anos encontrou refúgio no futebol, desporto que tinha praticado até aos 17, quando foi aconselhado pelos médicos a mudar de desporto devido a uma cirurgia à anca.

Dos treinos com a equipa de reservas do HB – apenas para manter a forma -, Jakobsen acabou por ser inscrito nas competições, começou a marcar golos que o levaram à equipa e um jogador que até tinha feito a formação como médio, entretanto convertido em andebolista, tornou-se avançado e figura de destaque da equipa que se sagraria campeã nacional.

E como a incrível história ainda não tinha todos os capítulos escritos, os 12 golos e cinco assistências em apenas 17 jogos como futebolista chamaram a atenção do selecionador nacional.

E assim, na passada quarta-feira, um andebolista internacional pelas Ilhas Faroé tornou-se internacional também no futebol e representou o seu país em duas modalidades distintas no mesmo ano. 2020, pois claro.

Jakobsen jogou os 90 minutos na frente de ataque no empate das Ilhas Faroé com a Lituânia. A mesma seleção que, como andebolista, tinha defrontado no início do ano.