Ítalo Ferreira fez história esta terça-feira, ao sagrar-se o primeiro campeão olímpico de surf, mas tudo podia ter sido muito diferente.

Em 2019, o atleta brasileiro preparava-se para participar nos ISA World Surfing Games, que serviam de qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio. O problema é que no dia 8 de setembro, já com a competição a decorrer na praia de Kisakihama, também no Japão, o veículo de Ítalo foi assaltado nos Estados Unidos. Um dos pertences que lhe tiraram foi o… passaporte.

O surfista de 27 anos solicitou imediatamente um novo passaporte e um visto para entrar em solo nipónico. Conseguiu. Mas o problema estava longe de estar resolvido.

Uma tempestade atrasou o voo do agora medalhado olímpico e a viagem para Miyazaki durou mais 18 horas do que o previsto.

Ítalo lá conseguiu em solo japonês, mas já com a prova em andamento. O brasileiro dirigiu-se rapidamente para a praia, pediu uma prancha de surf emprestada ao compatriota Filipe Toledo e foi para dentro de água.

Acabou por vencer a competição, qualificar-se para os Jogos Olímpicos e o resto, como dizem, é história.

«Vim do fundo e consegui vencer. Isto foi incrível», afirmou, na altura, citado pela Yahoo Sports.