O início da história já é, em si, curioso. A equipa ganesa do Asante Kotoko F.C. precisava de ir para a Tunísia, para defrontar, no domingo, o C.S. Sfaxien, na última jornada do Grupo B, da Liga dos Campeões africanos. o líder do grupo, curiosamente, é o Al Ahly de Manuel José.
A comitiva enfrentava uma viagem com várias paragens e ligeiros desvios. Para ir do Gana para a Tunísia, jogadores e equipa técnica do Kotoko apanharam um voo com destino a Milão. Uma vez em Itália, seguiriam para Roma, onde fariam escala para Tunis. Depois, era só mais um pouco até à cidade de Sfax.
Eis que entra em cena um correio de droga. Pelos vistos, no avião que transportava o Kotoko entre Accra (Gana) e Malpensa (Itália), seguia um nigeriano entupido com sacos de cocaína no estômago. Infelizmente, os ditos sacos não aguentaram a viagem e rebentaram, precisamente por cima do país natal do traficante.
As dores do indivíduo levaram o comandante do aparelho a fazer uma aterragem forçada na capital Niger, onde, durante duas horas e meia, o correio/barão de droga foi tratado por vários especialistas. Os outros passageiros, perguntam? Ficaram à esperam, naturalmente, porque o estatuto a isso obriga.
Devido ao atraso, quando a comitiva do clube ganês chegou a Itália, já tinha perdido a ligação para Tunis. Valeu-lhes o gesto de consolação da companhia área, a Alitalia, que serviu uma refeição no Aeroporto de Milão. Ao que parece, o Kotoko ainda segue nesta madrugada para a capital da Tunísia, e daí para o local do jogo, Sfax. Assim esperam, pelo menos.