José Mourinho admite que não conhecia Papy Djilobodji, o defesa senegalês que se tornou reforço do Chelsea no fecho do mercado. Mas diz o treinador que confia plenamente em quem recomendou o jogador, contratado ao Nantes.

«Não foi escolha minha, foi escolha de alguém em quem confio absolutamente, o que é o mesmo. Não conheço todos os jogadores, o meu trabalho não me permite viajar nem passar horas e horas a ver jogadores», afirmou o técnico na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Everton.

«Há momentos em que temos de confiar nas pessoas com quem trabalhamos, no meu caso confio. A mesma pessoa que me disse que Djilobodji pode ser um bom jogador para a nossa equipa foi a mesma que me disse que Zouma podia ser fantástico para nós. É um dos nossos quatro defesas centrais, será útil para nós», acrescentou.

Apesar disso, o jogador ficou fora das contas do Chelsea para a Liga dos Campeões. Uma decisão que Mourinho justifica assim: «Não está na lista da Liga dos Campeões por que se estivesse o Traore ou o Kenedy não entrariam na lista e agora estariam a perguntar-me por que é que o Traore ou o Kenedy não estavam na lista. Tomámos essa decisão porque teríamos de ter muito azar nestes seis jogos para precisar de Djilobodji quando temos o Terry, o Cahill, o Zouma e eventualmente o Ivanovic. Uma coisa é uma competição curta, outra a época doméstica.»

O treinador evitou de resto alimentar a polémica em torno das tentativas do Chelsea em contratar John Stones ao Everton, criticadas pelo treinador do clube de Liverpool, Roberto Martinez. «O Que o Martinez diz para mim não significa nada, não comento. Sobre o John Stone, espero que jogue amanhã.» Também não disse se cumprimentará Martinez antes do jogo: «Isso não é importante.»

De caminho deixou uma alfinetada à FIFA, depois de o organismo ter confirmado que estava a investigar uma queixa da Fiorentina sobre o empréstimo de Salah à Roma: «Ainda bem que a FIFA tem tempo para outras coisas, no meio de tanta confusão à volta deles.»

Quanto ao jogo com o Everton, Mourinho diz que é importante como os outros e, perante o mau arranque do Chelsea na defesa do título, não baixa expectativas: «Estamos na corrida para o título, sim, estamos. Precisamos de pontos. Os jogadores são fortes, estamos juntos, acredito neles, eles acreditam em mim, por isso estamos positivos.»