Os sindicatos dos ferroviários franceses decidiram realizar um sexto dia de greve face à recusa do presidente Nicolas Sarkozy de recuar na reforma sobre os regimes especiais de aposentação, informa a agência Lusa.

Os principais sindicatos dos caminhos-de-ferro (SNCF) apelaram ao prosseguimento da luta, mas afirmam-se dispostos a participar nas negociações previstas para quarta-feira para apresentarem a sua plataforma reivindicativa.

O governo que quer levar a bom termo esta reforma, considerada emblemática, e condiciona a sua participação nas negociações ao fim da greve. «Haverá um representante do Estado se houver um retorno ao trabalho», explicou o ministro do Trabalho francês, Xavier Bertrand.

A direcção do SNFC prevê para segunda-feira um aumento da circulação dos comboios com 350 TGV num total de 650.

A greve estende-se a todo o sector dos transportes, esperando-se, sobretudo, um forte impacto em Paris, onde os transportes continuarão fortemente perturbados, com o metro a circular a 20 por cento e os autocarros a circularem a cerca de 40 por cento.