Javier Saviola, atualmente a morar no Principado de Andorra, garante que, se ainda jogasse, não teria qualquer problema em baixar o seu ordenado nesta altura de crise.

«Teria-o feito sem qualquer dúvida. Está claro que ninguém quis que se passasse tudo isto e acho que é preciso colocar no lugar dos que estão a sentir a epidemia. Estão a sofrer os clubes, as empresas e definitivamente está a sofrer o mundo. É preciso colocarmo-nos na pele desta gente», começou por dizer o antigo jogador do Benfica, em entrevista ao AS.

A maior preocupação do argentino é a mãe, que, para além de morar em Madrid, é de uma faixa etária de risco.

«Ligo à minha mãe todos os dias para falar com ela e tento animá-la e tento que fale com os seus netos, porque fica babada com eles. Fala com eles e dá-lhe uma força enorme. Eu estou muito atento a ela, para que esteja bem animicamente e se sinta acompanhada», disse, por fim.

Questionado sobre a morte de Radomir Antic, por quem foi treinado no Barcelona, o antigo avançado referiu que «estamos todos no mesmo sítio».

«Não estamos noutro planeta. Estamos todos no mesmo sítio. Somos pessoas normais e as pessoas que me conhecem sabem como sou. Tenho sempre a educação e a humildade em primeiro. Isto sempre me caraterizou e é o que os meus pais me ensinaram. Quando acontecem coisas assim, é bom que os teus filhos vejam o que se está a passar. Tive o Radomir Antic como treinador durante seis meses no Barcelona. Tive uma relação muito boa com ele e desportivamente ajudou-me muito. Veio num momento complicado, quando estávamos no fundo da tabela, e acabámos nos lugares europeus. A sua morte deixou-me muito triste, foi um grande treinador, muito sincero e uma pessoa muito humana», confessou.