Sylvestre Pereira de Souza, avançado brasileiro que passou pelo Santa Clara em 2011/12, encontra-se detido desde o dia 11 de fevereiro, no Rio de Janeiro, por suspeita de um roubo que entretanto já foi assumido por outra pessoa.

O caso reporta a outubro de 2013, quando roubaram o telemóvel a uma jovem de 16 anos que circulava numa rua do Bairro do Recreio de Bandeirantes, localizado na zona nobre carioca. Uma testemunha anotou a matrícula da carrinha em que circulavam os suspeitos, e esta estava em nome de Sylvestre.

Foi apresentada uma foto do jogador à vítima do assalto, que acabou por identificá-lo como autor do mesmo. Sylvestre recebeu então ordem de prisão, mas apresentou um recurso que lhe permitiu ficar em liberdade. Teria de apresentar-se regularmente às autoridades, algo que acabou por falhar, pelo que passou a ser considerado alguém em fuga. A família alega que não foi informada pela advogada que estava inicialmente com o caso e lembra que Sylvestre continuou a jogar futebol, com paradeiro público.

No entanto esta questão processual complicou a defesa do antigo jogador do Santa Clara, que na passada sexta-feira viu rejeitado um pedido de «habeas corpus» e tem julgamento marcado para o próximo dia 29. Isto apesar de existir outra pessoa que já assumiu a autoria do roubo.

Sylvestre, agora com 31 anos, explicou desde início que tinha vendido a carrinha em 2011, algo confirmado pelo próprio comprador, um sucateiro que não chegou a alterar os dados do registo. O atual proprietário do veicúlo revelou ainda que o autor do roubo foi um sobrinho, que foi à polícia assumir o crime. Perante este dado também a vítima do assalto alterou o depoimento, referindo que tinha errado na identificação do suspeito, por nervosismo.

O jogador tem ainda o depoimento do presidente do Juzeirense, clube que representava em outubro de 2013, a confirmar que na data em causa este estava na Bahia.

Ainda assim Sylvestre, que agora representava o Olaria, continua detido no Complexo Penitenciário de Bangu, onde estão alguns dos criminosos mais perigosos do Rio de Janeiro, à espera de julgamento.

Sylvestre nos Açores [fonte: facebook]