Lembra-se de Keirrison, avançado brasileiro que passou pelo Benfica emprestado pelo Barcelona? Pois bem, voltou a ser notícia no Brasil depois de, no passado sábado, se ter recusado a entrar em campo pelo Coritiba no embate com Figueirense (1-1). Em declarações ao programa «Bate-Bola», da ESPN Brasil, o jogador de 26 anos explica que foi uma decisão em «defesa da classe».
 
O jogador já estava em conflito com o clube desde setembro passado tendo, inclusive, avançado com uma ação judicial a reclamar quatro meses de salários em atraso e ainda uma indemnização por ter realizado uma intervenção cirúrgica por conta própria.
 
Desde então, Keirrison não voltou a ser utilizado, até porque estava a recuperar de uma lesão, mas agora que voltou a ser opção, recusou-se a entrar em campo, para deixar bem vincada a sua posição. «Estou a tomar esta posição como atleta para defender a minha classe e os meus direitos», explicou.
 
A verdade é que a atitude de K9, como também é conhecido Keirrison, não agradou à administração do Coritiba e foi fortemente condenada por Valdir Barbosa, responsável pelo futebol do clube. «Procurei resolver de forma sadia para que não tivesse que expor tudo isso. Depois do jogo de sábado, um dos diretores [Barbosa] tomou a iniciativa de tirar a própria responsabilidade que tem, com várias promessas que não foram cumpridas. O Coritiba precisa de uma reformulação da sua administração», disparou o jogador.
 
Keirrison, que tem contrato com o Coritiba até 2017, exige uma indeminização superior a 500 mil reais (120 mil euros). «Tenho tudo isso em contrato, não estou inventando nada. Existe a dívida e continua comigo, principalmente comigo. Há algum tempo, alguns jogadores receberam, menos eu. Tenho provas em documento. Fiquei cinco meses sem receber e o ponto limite foi a cirurgia paga agora do próprio bolso», destacou ainda.